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Qual é a minha vocação - A dura escolha
dos jovens em um mundo sem emprego
Diante da multiplicação de cursos e das dificuldades do mercado de
trabalho,os jovens se perdem e se angustiam na hora da escolha da
profissão. Mas você pode dar ferramentas para seu filho optar
tornando-se co-piloto nessa viagem
Escolha profissional
Na terceira série do ensino médio, no auge da adolescência, ainda lutando
com as espinhas do rosto, o jovem precisa decidir o que vai ser quando
crescer.Alguns poucos sabem desde sempre. Nasceram com a tal da
vocação, uma espécie de voz interior, um dom para realizar algo com
muita facilidade e com qualidade. Mas é raro. A maioria não tem muita
idéia do que fazer. Olha em volta em busca de alguma identificação - o
amigo que está fazendo engenharia, o pai que é um advogado bemsucedido,
o economista que foi dar palestra -, embaralha-se em dúvidas e
pena para descobrir seu talento.
O ideal seria que as escolas se preocupassem em encaminhar os alunos de
acordo com suas habilidades, oferecendo orientação desde cedo. Ou,
então, que essa escolha acontecesse mais tarde, quando o jovem tivesse
mais maturidade emocional e vivências acumuladas. Mas a hora é
determinada socioculturalmente e não se pode fazer nada a não ser lidar
com essa realidade", diz Silvio Bock, pedagogo e diretor da Nace -
Orientação Vocacional e Redação. Além disso, escolher será sempre difícil,
porque significa ficar com uma alternativa em detrimento de outras que se
mostram igualmente atraentes. Para completar a angústia, são mais de 150
cursos, com nomes que dão poucas pistas sobre sua exata natureza.
Ciências fundamentais da saúde, naturologia, design e planejamento de
games, gestão ambiental, gerontologia... A cada ano surgem novas e
enigmáticas profissões para assustar os pais e aumentar a indecisão dos
filhos. Ao contrário do que se imagina, porém, essa insegurança é um
sintoma saudável e produtivo. "Com muitos caminhos abertos à sua frente,
o indeciso às vezes escolhe melhor do que aquele que tem a certeza
apoiada em uma fantasia", afirma Silvio."
As exigências não são poucas: descobrir uma profissão de que goste, que
dê dinheiro, que tenha um mercado de trabalho promissor e que, se
possível, corresponda às expectativas dos pais! "Quem se sente muito
perdido pode começar eliminando o que não gosta", sugere o pedagogo. E
reunir informações sobre os cursos que têm a ver com seus interesses e
habilidades. Pesquisar em guias de estudante, navegar nos sites de
carreira, conversar com pessoas da área... Se continuar indeciso e
inseguro, o ideal é participar de um trabalho de orientação vocacional. "O
ser humano se adapta a qualquer profissão, mas é importante que opte por
aquela em que exercer suas melhores características", explica Perosa,
psicoterapeuta e professor de psicologia adolescência da PUC. "Esse é um
momento de decisão vai comprometer os próximos anos da vida do
estudante. A orientação vocacional é uma forma de acalmá-lo para fazer
uma opção consciente, baseado em informações relevantes", completa.
Ilan Fiszbegn viveu a aflição da busca. Como era ligado em esporte,
vestibular para educação física aos 17 anos. Entrou, cursou um ano e meio
e saiu. "Não correspondeu minhas expectativas. Vi que não dava para
ganhar dinheiro legal", justifica. O pai, então, sugeriu que viajasse. Ele
passou um ano fora: seis meses num kibutz, Israel, e mais seis em Londres,
trabalhando como e curtindo. Depois voltou, sem a menor idéia fazer.
"Nada me agradava, não me via cursando nenhuma faculdade e fui ficando
até meio deprê", conta. Agoniado, aceitou a sugestão da mãe de buscar
orientação profissional. Com 21 anos, tomou então a decisão cursar moda.
"Fui vendo os meus interesses, a história da minha família - meu avó teve
fábrica, minha mãe trabalha com tecidos -, sempre me liguei em roupa,
em me vestir legal. Comecei a pesquisar como era a faculdade de moda e
me decidi por ela. Quero ter a minha marca, desenhar os modelos e
administrar o meu negócio.
"Além de informação, autoconhecimento é essencial para acertar na
escolha. "Pais presentes conhecem bem seus filhos e devem atuar como um
referencial externo para eles se perceberem melhor", ressalta Iaci Muniz,
psicóloga e consultora de carreira. "Podem fornecer pistas para o jovem se
conhecer mais apontando os caminhos que ele costumar trilhar: o canal de
TV a cabo preferido, as revistas que compra, suas habilidades. Com esses
subsídios, fica mais fácil identificar as profissões com que tem afinidades."
Iaci acredita que, por excesso de liberalismo, alguns pais se omitem com a
desculpa de não querer influenciar. "Os que se abstêm de dar opinião estão
abandonando o filho à própria sorte." Para ela, o segredo está numa
conversa sem autoritarismo e sem exigências de que o adolescente cumpra
as expectativas da família.
Portanto, se quer evitar que seu rebento tome uma decisão apressada só
para agradar em casa, controle a ansiedade. A sua e a dele. Ajuda se você
se conscientizar de que nenhuma opção profissional precisa ser definitiva.
"Pensar em algo para sempre tem um peso enorme. A profissão é uma
escolha que se renova. Não é destino", esclarece Miguel Perosa. Novos
caminhos podem surgir durante a faculdade, o que não deve ser visto como
sinal de indefinição, e sim de procura autêntica. "Mais preocupante é o
estudante que não muda, porque com certeza será um profissional
frustrado, com poucas chances de fazer uma carreira de sucesso", explica
Leo Fraiman, especialista em psicologia escolar. Mônica Leal estava com 17
anos quando entrou em jornalismo. "Achei que, como era boa em
português e gostava de escrever, tinha tudo para me dar bem no ramo.
Mas me enganei", conta ela, hoje com 30 anos. "Fiquei dois anos e saí. Fui
para letras. Fiquei mais um ano. Só então tive certeza de que queria
filosofia."
Formada, resolveu fazer pós-graduação em educação e é com isso que
trabalha hoje. "Não me arrependo de ter feito esse caminho. Ao contrário,
me sinto mais segura, tenho mais bagagem." Quanto mais abrangente a
profissão, maior o leque de ocupações, lembra Fraiman. Carreiras com
campo de trabalho muito específico, como odontologia e oceanografia,
oferecem menos possibilidades de mudança. Já se fizer administração de
empresas, por exemplo, pode exercer a profissão em bancos e empresas
dos mais variados setores. Mas isso não significa que escolher baseando- se
apenas nas possibilidade de emprego seja uma boa idéia. O mercado é
dinâmico. O que hoje dá dinheiro pode não ser mais tão lucrativo daqui a
cinco anos. E um bom profissional faz o seu mercado. "O sucesso depende
mais da atitude da pessoa do que da profissão", afirma Fraiman. "E de
quanto ela está disposta a investir na própria formação para crescer na
vida." Luiza Mendonça, 19 anos, teve que explicar bem direitinho à família
que faculdade é essa de design de games que pretende fazer. Como é boa
de desenho, esperava-se que fosse seguir arquitetura, a profissão da mãe.
Ela teme que eu não encontre trabalho na área que escolhi. Mas
arquitetura não é o que meu coração quer. Sou muito ligada em
informática e, desde que comecei a pesquisar sobre essa nova profissão,
fiquei animada. Tenho assistido a algumas aulas na faculdade, conversado
com os professores e com alguns alunos do curso. Não sei muito do
mercado, mas vou apostar porque é o que eu gosto."
"É importante que o jovem escolha uma profissão compatível com sua
personalidade e gosto", diz Fraiman. Para ajudá-lo nessa tarefa, ele
desenvolveu em sua clínica um questionário com 240 perguntas. Com base
nele, traça um perfil das aptidões profissionais e pessoais do vestibulando.
"Passada essa etapa, ele tem uma agenda de atividades a cumprir, como
seminários, visitas às faculdades e contatos com profissionais, para que
possa, então, refletir com o máximo de informação", explica. Francisco
Oliveira, 17 anos, seguiu esse roteiro para tomar sua decisão. Ele adora
música e, num determinado momento, cogitou se profissionalizar - só para
desistir logo em seguida. "Não me via estudando piano oito horas por dia",
confessa. No fundo, sempre soube que faria alguma coisa ligada à
matemática. Pensou em engenharia, depois em ciência da computação,
mas na terceira série do ensino médio decidiu que queria fazer física.
"Soube, pelo meu professor, que haveria uma série de palestras sobre o
assunto na USP, porque 2005 foi o ano da física. Então, corri atrás. Conheci
o Instituto de Física, assisti a algumas aulas e tive certeza. Acho impossível
eu me decepcionar com o curso, mas, se isso acontecer, eu mudo, qual é o
problema?"
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